Único Átomo em uma Armadilha de Íons – David Nadlinger

Único Átomo em uma Armadilha de Íons – David Nadlinger

Quem disse que não dá para ver um átomo?
 
Artista: David Nadlinger
 
Nome da obra: Único Átomo em uma Armadilha de Íons
 
Dados da obra:
2017
Reino Unido
Fotografia, material digital
Tamanho: 1600 x 1600 (px)
 
Basta dar um Zoom na fotografia original para ver um único átomo, ou se preferir abaixo vemos o zoom que demos.
Mais um pouco de zoom.

Na realidade, um átomo não pode ser visualizado diretamente, pois é uma partícula de natureza dualista, exibindo características tanto corpusculares quanto ondulatórias. A imagem em questão mostra a luz de um laser que, ao interagir com o átomo, induz a emissão de fótons. A fotografia é eficaz culturalmente, pois nos dá a impressão de estarmos observando um único átomo, enquanto as cores na imagem a tornam ainda mais fascinante.

Mas, por que incluir esta fotografia em um projeto que visa explorar a relação entre Física e Arte? Primeiramente, a imagem foi parte de um concurso de fotografia do “Engineering and Physical Sciences Research Council”, uma entidade do Reino Unido que colabora com universidades, organizações de pesquisa, empresas, instituições de caridade e o governo.

Além disso, a participação no concurso envolveu técnicas fotográficas avançadas, como ajustar a câmera para uma longa exposição, posicionar corretamente a luz do laser, escolher o ângulo e a lente adequados (uma lente de 50mm numa câmera DSLR), e montar efetivamente uma cena fotográfica.

Importante destacar que a preparação para a foto incluiu o uso de conhecimentos físicos sobre armadilhas de íons. Além disso, foi essencial desenvolver uma narrativa discursiva para que a imagem fosse compreendida como a fotografia de um átomo.

A fotografia foi capturada através da janela de uma câmara de vácuo ultra-alto de uma armadilha de íons, utilizando um átomo de estrôncio, que por ter um grande número de prótons é relativamente “grande”, facilitando a absorção e reemissão da luz do laser.

David Nadlinger, que tirou a foto enquanto era doutorando na Universidade de Oxford, hoje continua suas pesquisas em computação quântica usando armadilhas de íons no Departamento de Física da mesma universidade.

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